Cansaço e descanso

Enquanto o corpo descansa, eu escrevo. Balançando na rede (sou nordestino) eu escrevo. Escrevo a crônica de hoje. Crônica autobiográfica. Os dedos trabalham, e eu não escrevo no notebook, mas no smartphone. O texto vai tomando corpo, acompamhando o pensamento, e o corpo, dolorido, se refaz. Depois a mente também descansa. O descanso para a alma é o Senhor Jesus. E após o texto seguem-se as publicações, e após as publicações segue-se o texto. E nesse início de março o trabalho segue, porque não pode parar. Se o trabalho parar vem o cansaço. Vem mais que o cansaço: vem o esgotamento. Cheguei na igreja, vinte e quatro anos atrás, esgotado. Verdadeiramente cansado. Cansado de tentar e não conseguir. O Senhor permitiu que eu passasse por uma situação esgotante para depois me restaurar. Foi difícil. Foi dificílimo. Caminhando com o Senhor demorei cinco anos pra me livrar da depressão. A recaída no vício durou vinte e dois anos. E agora, que estou liberto, graças a Deus, a depressão vem novamente me assombrar. E eu sigo caminhando. Caminhando e escrevendo. Escrevendo e caminhando. Descansando no Senhor. E enquanto descanso o corpo, escrevo. E quando o corpo estiver descansado, volto a me exercitar. Preciso adotar um estilo de vida saudável, me disseram os médicos. Preciso ressuscitar meu corpo, priorizando contudo alma e espírito. Sem esquecer minha mente, minha delirante mente. O descanso permanente, entretanto, só na eternidade. Na eternidade com Deus. Aqui no mundo é luta, é guerra. Guerra prolongada, sem trégua. Meu Resgatador, porém, perto está. E, antes que eu tombe ao peso do cansaço, serei arrebatado com a igreja, e descansaremos, todos, na Jerusalém celestial. Assim seja. Amém.

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