Lutando com as palavras

Vou lutar com a palavra, para produzir um texto. Golpear mansamente o alfabeto para dele extrair uma crônica. Assim como Jacó lutou com Deus e obteve a benção, vou lutar com a linguagem pra produzir uma crônica. Na guerra da gramática eu me atrapalho, mas na produção textual e na interpretação do texto posso produzir alguma coisa, com a ajuda do Senhor. Cercar as palavras e extrair delas uma mensagem pra você, amigo leitor. Com as armas do raciocínio escrever uma peça que justifique essa guerra, a guerra da linguagem e da linguística. A batalha das letras, das palavras, na vivência da filologia. Escolher com amor e carinho as palavras certas que alegrem o meu coração e o teu, caro leitor. Levantar a bandeira da literatura e avançar rumo ao papel em branco, para nele publicar a escrita. E não me acovardar, na verdade me arriscar, porque não posso controlar o que esses textos me trarão. Sei que luto e guerreio com as letras em busca da vitória do que eu faço. E luto com armas legítimas, obtidas ao longo de anos e anos de leituras e leituras. E assim, batalhando com o alfabeto romano ergo a fortaleza onde me abrigo das investidas da má literatura. E, lutando todos os dias, incansavelmente, na dependência do Senhor, avanço para o que está adiante de mim e da minha caneta. Labutando na seara da comunicação vou fabricando de forma artesanal o texto que é da minha autoria, pedindo a ajuda do leitor, para que venha comigo combater o bom combate da arte literária. Fazer o que? Esse é o meu mister, a minha vocação. E, obtida a vitória da fabricação de mais um texto, ofereço anistia às palavras e as convido para se juntarem a mim, enquanto essa guerra não chega ao fim. Fim vitorioso, me disse o Senhor. E eu, humildemente, digo amém.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Conselhos diversos

Multidões no vale da Decisão

O derramamento do Espírito Santo