Recife, Pernambuco
Eu gosto da cidade de Recife. Eu gosto de Pernambuco. Moraria lá. Recife, cidade importante na história do Brasil. Recife urbanizada pelo holandês Maurício de Nassau. E se o Brasil tivesse sido colonizado pelos holandeses? Acho que durou uns cinquenta anos, a colonização holandesa no Nordeste. Recife, a Jerusalém tropical. Recife do diplomata Joaquim Nabuco, abolicionista de destaque e orgulho de Pernambuco. Já no século XX Recife produziu homens da estirpe de Gilberto Freyre e Josué de Castro, sociólogos que marcaram época nas ciências sociais no Brasil. Recife do diplomata e poeta João Cabral de Melo Neto, meu poeta brasileiro de preferência. O autor de Morte e vida severina que também era apegado à cidade espanhola de Sevilha. Recife que na década de 1950 presenteou o Brasil com Ariano Suassuna, que nasceu, sim, em João Pessoa, mas cedo se tornou pernambucano. Ariano, o dramaturgo que uniu a cultura popular nordestina com a influência medieval da civilização ibérica. O dramaturgo que abraçou e deu vida ao Movimento Armorial. E no final do citado século XX Recife deu origem ao mangue beat, movimento cultural que na música era representado pelos originais Chico Science e Nação Zumbi, banda afrociberdélica que balançou os corpos dos jovens daquela época. Recife da fundação Joaquim Nabuco, onde um dia sonhei em trabalhar. Recife que já abarcou Fortaleza em sua jurisdição, Veneza nordestina, cortada por rios e mangues onde mora um povo feliz e inteligente. Eu gosto da cidade de Recife. Algum dia ainda moro lá.
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