Narração de cenas de quem escreve
A escrita gráfica da tinta no papel. A tinta oleosa no papiro do velho escriba. O pergaminho da antiguidade na mente do jovem poeta. O artista que desenha o desenho mas não tem paciência para colorir. O lápis, que na mão trêmula do estudante traça a escrita na folha de dupla face. O desenho das letras dando sentido ao alfabeto fonético. Os ideogramas dos orientais que são um mistério pra nós aqui do Ocidente. As regras da gramática que são argila nos dedos do Dr. Rosa. Neologismos na construção de uma obra de epopéia. Os versos de Dante e de Homero no iberismo de um Suassuna. O artesão da linguagem que escreve livros, revistas e jornais. Os ilustradores que trabalham em conjunto com os designers. O poliglota que mistura línguas e dialetos na construção de um monumento fraseológico. O estilista do alfabeto que do nada (do próprio passado) inventa um conto ou um romance. As obras-primas regionais que narram o universal de Tolstoi. Os cantadores do sertão, herdeiros dos menestréis da idade média. A imprensa sendo forjada anos imediatamente antes da Reforma Protestante. O sonho que tive, onde brilhava na placa o nome de Wintemberg. O artista, que trama no tecido da vida as impressões de sua existência. As crianças, alfabetizadas ainda no útero, com vistas ao mercado de trabalho, mas eis que saem criadores lúdicos da influência. As redes sociais, construídas com a argamassa da comunicação. O cronista que retrata o seu tempo mesmo sem uma câmera fotográfica. E eis que surge um novo texto neste blog de criação. Crônica de hoje produzida. Obrigado pela atenção, querido leitor. Curte e compartilha. Fica com Deus! Forte abraço!
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