Carne e espírito

Há em nosso interior
um constante conflito.
Paro e penso,
e nisso medito.
Coração ora alegre,
coração ora aflito.
O momento do canto,
o momento do grito.
Pensamento suave,
pensamento contrito.
Desejos contrastantes
num eterno atrito.
A experiência que diz,
e também tenho dito.
Uma luta sem trégua,
na caça ao bendito.
Uma fuga ao sofrer,
e ao que é maldito.
Uma peleja renhida,
travada no arbítrio.
Sentimentos nobres,
sentimentos esquisitos.
Quereres sublimes,
quereres caídos.
Uma batalha feroz,
do homem consigo.
Gestos nobres,
que remetem ao benigno,
e gestos mesquinhos,
remetentes ao maligno.
Aquilo que é saudável,
aquilo que é nocivo.
E assim nós caminhamos,
ora descendo ora subindo,
na humana travada guerra
entre a carne e o espírito.

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