Meus limites
Estou preso ao momento,
em tudo o que eu faço.
Às vezes eu me lamento,
diante de um embaraço.
Sim, porque o tormento
também me é laço.
Geralmente eu aguento,
marcando compasso.
E vou caminhando, lento,
em titubeio crasso.
Até que vem o alento,
e eu me refaço.
Do vigor sinto o aumento,
e eu me engraço.
Mas, quando eu contemplo,
novamente o cansaço.
O comprometimento
dos meus nervos de aço.
Então, vem o entendimento:
nos limites do meu regaço,
estou preso ao tempo,
e sou cativo do espaço.
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