Rachel de Queiroz
E eu também lia o romance O quinze, da cearense Rachel de Queiroz. E eu lia também traços biográficos dessa escritora que publicou o citado romance com dezoito anos de idade, fazendo até que os escritores do Sudeste duvidassem disso. Rachel, quando bem jovem ainda, morando com os pais, lia e escrevia à luz de vela, no início do século XX, na cidade de Quixadá, no sertão cearense. E essa jovem prodígio, quando se mudou para o Sudeste, continuou escrevendo (inclusive para jornais, como cronista) e se envolveu com o comunismo, tornando-se discípula do russo Leon Trotski. Ela esteve presa por esse motivo aqui em Fortaleza, no quartel do Corpo de Bombeiros. Rachel de Queiroz também escreveu peças teatrais e romances seus se tornaram minisséries de televisão. A romancista de Quixadá foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. E o seu exemplo de intelectual politizada sempre chamou minha atenção, sendo ela uma referência pra mim durante a minha juventude. E nessa pegada de ler os regionalistas nordestinos da década de trinta acabei lendo também José Américo de Almeida (A bagaceira). Foi quando eu resolvi pesquisar sobre o fenômeno dos retirantes do Nordeste, um recorte da realidade brasileira vivido por mim no dia-a-dia daqui de Fortaleza. O curso técnico de Turismo me fez focar nessa região do país, onde eu moro e onde eu poderia ter trabalhado recebendo turistas e lhes apresentando a realidade deste local onde resido. Outra coisa que chamou minha atenção na obra de Rachel é a facilidade de leitura e compreensão textual em um texto escrito na mesma época histórica da minha vida. A leitura de um texto de José de Alencar, por exemplo, é diferente. Mais um texto concluído, para honra e glória do Senhor Jesus. Obrigado pela atenção, caro leitor. Ótima noite e fica com Deus!
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