Kurt Nimuendaju
Kurt Nimuendaju foi um etnólogo alemão naturalizado brasileiro. Seu nome de batismo era Kurt Unkel. Ele nasceu em Jena, na Alemanha, em 1883. Aos dezesseis anos, após concluir o ensino médio, ele foi trabalhar como aprendiz de mecânico-óptico. Na empresa em que ele trabalhava havia uma biblioteca, e ele passou a se dedicar à leitura de textos e mapas sobre a América do Sul. Em 1903 Kurt conseguiu um dinheiro emprestado com uma meia-irmã e veio para o Brasil. Passou a trabalhar numa loja de ferramentas em São Paulo, e conseguiu ser contratado como cozinheiro da Comissão geográfica e geológica de São Paulo. Nesse posto, travou o primeiro contato com os índios, os apapocuvas-guaranis. Foi adotado ritualisticamente pela tribo, e recebeu o nome de Nimuendaju, que significa "o ser que cria ou faz seu próprio caminho". Permaneceu com os guaranis até 1908, e escreveu o diário de campo Apontamentos sobre os guaranis. Tornou-se funcionário do Museu Paulista, e presenciou o extermínio da tribo Oti. Escreveu Das ende des Oti-Stammes (O fim da tribo Oti). Foi contratado pelo Serviço Nacional do Índio (SNI), e percorreu o país, fazendo contato com várias tribos, como os Tembés e os Timbiras. Foi ao Xingu pela primeira vez em 1916, onde conheceu os Jurunas e os Caiapós. Seus escritos fundamentaram a criação de uma etnologia inteiramente brasileira. Pela Universidade da Califórnia viajou pela Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, visitando várias tribos. Foi contratado pelo Museu Emílio Gieldi e pelo Museu Nacional. Faleceu na tribo Tikuna, na Amazônia, em 1945, e seu arquivo pessoal foi transferido postumamente para o Museu Nacional. Kurt Nimuendaju deixou um legado de amor aos índios e de uma grande contribuição à Etnologia brasileira.
Comentários
Postar um comentário