O exercício da escrever
Escrever para me exercitar. Escrever para que os meus músculos linguísticos estejam prontos para qualquer embate. Escrever para que minha respiração vocabular seja desenvolvida a ponto de eu poder me comunicar com qualquer um. Exercitar a escrita para que ela se desenvolva e eu possa escrever textos cada vez melhores, com a permissão do Senhor. Me alimentar de livros bem escritos. Quantos clássicos nos esperam nas prateleiras ao nosso alcance! Exercitar a língua para que o sentido cognitivo possa sempre encontrar espaço para crescer. O exercício prazeroso que é um dedo de prosa com um amigo querido. O que não dizer na linguagem romântica dos namorados que trocam carinhos... Amor combina com poesia, e poesia combina com a alegria de viver. Quero escrever uma prosa poética, rica em metáforas, como aquela de que falava Neruda no filme O carteiro e o poeta. E na ginástica das palavras, desenvolver uma resistência às más colocações, uma resistência às palavras vis, que falam os ímpios em todos os lugares. Pelo contrário: expressar-se com uma linguagem sadia, nobre, como a linguagem usada nas Escrituras Sagradas. E beber água. Beber a água do conhecimento e da sabedoria, no temor ao Senhor, sabendo que dele vem toda graça e beleza. As corridas velozes como crônicas ligeiras. As corridas de resistência como romances de muitas páginas. E a mitologia clássica que remete às olimpíadas da antiga Grécia. Exercitar a comunicação, pois ela, assim como um jogo coletivo, pode envolver várias pessoas. E o primeiro lugar, único, ao destro escritor que, sozinho, construía um trabalho premiado. Texto concluído, exercício finalizado. Agora vem o repouso, do corpo, da alma e do espírito. Amém.
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