Augusto dos Anjos
Augusto dos Anjos foi um importante poeta pré-mordenista brasileiro. Ele nasceu em 1884, no Engenho Pau d'Arco, na Paraíba. Aprendeu com o pai, advogado, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, e desde essa época já era considerado doentio e nervoso. Formou-se em Direito em 1906, casando-se logo em seguida. Não seguiu a carreira de advogado, mas dedicou-se ao ensino de português, primeiramente na Paraíba, e depois no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1910. Em 1912 publicou seu único livro, Eu, pelo qual Augusto foi considerado parnasiano por uns e simbolista por outros. O livro foi à princípio ignorado pela crítica e pelo público. Suas poesias tratam da degenerescência da carne e dos limites dos seres humanos. Mais tarde o livro foi reeditado por Órris Soares, amigo e biógrafo de Augusto dos Anjos. A partir de 1919 o poeta passou a ser um dos poetas mais lidos do Brasil. Sua poesia chama a atenção pelo vocabulário esdrúxulo, pela rigidez métrica, pela cadência musical e pelas alterações dos versos. Nosso excêntrico poeta faleceu de pneumonia em 1914, aos trinta anos de idade, em Leopoldina-RJ. Ele foi um autor original, que usava termos científicos para expressar seu profundo pessimismo em relação à história e à raça humanas.
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