Gianfrancesco Guarniere
Gianfrancesco Guarniere foi um importante ator e dramaturgo brasileiro nascido na Itália. Ele nasceu em 1934, em Milão, filho de um casal de músicos, e veio para o Brasil com dois anos de idade. Começou seus estudos no Rio de Janeiro e em 1953 se transferiu para São Paulo. Em 1955 ajudou a fundar o Teatro Paulista do Estudante. Seu primeiro trabalho como ator foi na peça Está lá fora um inspetor, que lhe rendeu o prêmio Arlequim no Festival de Teatro Amador de São Paulo. Guarniere estreou como profissional atuando na peça Escola de maridos, no Teatro Arena. Aos vinte e um anos escreveu seu primeiro texto: Eles não usam black-tie, que foi encenado em 1958 e se tornou um clássico da dramaturgia brasileira. Em seguida realizou Gimba (1959), A semente (1961), e O filho do cão (1964). Criou, com Augusto Boal, Arena conta Zumbi (1964) e Arena conta Tiradentes (1966). Também escreveu Animália (1968) e Um grito parado no ar (1973), entre outras obras. Estreou na televisão em 1967, na TV Tupi. Como roteirista escreveu Carga pesada (1977) e Sampa (1989), exibidas na TV Globo. Em 1981 Guarniere adaptou Eles não usam black-tie para o cinema, e o filme recebeu cinco prêmios no Festival de Veneza. Guarniere tornou-se secretário de Cultura de São Paulo em 1984, passou um tempo afastado do teatro mas voltou aos palcos em 1982, com Pegue e não pague. Um dos atores e autores mais aclamados do país, Guarniere ganhou muitos prêmios ao longo de sua carreira, entre eles o do Festival Internacional de Paris (1960), o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (sete vezes) e o prêmio Molière (quatro vezes). Guarniere faleceu em 2006, entrando com destaque na História do teatro brasileiro.
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