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Mostrando postagens de maio, 2025

tempos apocalípticos

os desafios do nosso tempo as lutas que temos vivido a peleja que não tem trégua a guerra intensa e prolongada armas de ataque e defesa o ponto alto do combate as armas espirituais o cumprimento das profecias guerras e rumores de guerras terremotos e tsunamis fomes e pestilências famílias em desencanto a minha luta, a tua luta as nações em convulsão o colapso das estruturas o sistema em explosão o amor se extinguindo o homem perdido no espaço o homem perdido no tempo o segredo das Escrituras o mistério das profecias um punhado de pessoas salvas o toque da última trombeta

o tempo do hoje

o tempo do hoje o tempo que temos o tempo do tempo a hora do tempo a hora do agora a hora do momento o momento do agora o momento da vida a vida da hora a hora da vida a vida do agora a hora do momento o instante do agora o instante que foi o instante que virá o tempo do futuro o tempo do passado o passado do agora o tempo pretérito o pretérito mais que perfeito o pretérito imperfeito a imperfeição do passado a imperfeição do presente a dúvida do futuro o que será do futuro o futuro de cada um o que temos agora o que temos agora? o tempo do agora o tempo do hoje

lamentos e louvores

são lamentos e louvores são subidas e descidas dias de sol e dias de chuva a antítese da vida a ambiguidade do ser lutas e vitórias medo e coragem e seguimos nesses altos e baixos vivendo e morrendo cada dia, em dias de triunfos e dias de derrotas no que vêm o riso e o choro amparados na dor e no gozo com lances de heróis e lances medíocres na luta da carne contra o espírito construindo e destruindo batendo e sendo batidos na angústia e na leveza ganhando e perdendo falando e ouvindo na guerra e na paz sim, são lutas, embates triunfos e conquistas nesse mundo visível e invisível no tempo e no espaço são lamentos e louvores

O convite da mulher-loucura

"A loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma. Assenta-se à porta de sua casa, nas alturas da cidade, toma uma cadeira, para dizer aos que passam e seguem direito o seu caminho: Quem é simples, volte-se para aqui. E aos faltos de senso diz: As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável. Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno." (Provérbios 9, 13-18)

Deus amou o mundo

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna!" (João 3, 16).

poesia da viagem urbana

lá estava eu, sentado no coletivo, indo de um ponto ao outro da cidade o coletivo chacoalhava com ruídos grotescos da maquinaria velha e vencida. toda desconjuntada, a máquina de transporte estalava com grosseria. parecia que havia um acordo entre os buracos no asfalto e as peças frouxas do trambolho em movimento sentado num banco do veículo, como uma fruta no liquidificador, ou como gado transportado num caminhão, eu balançava e trepidava a cada chacoalhada do veículo que avançava. vivendo também essa experiência, velhinhos felizes por causa do passe-livre. no rádio do ônibus uma música que me remetia aos anos oitenta e lá mesmo, naquele possante esboforido, pensei: vou escrever uma poesia assim nasceram esses versos, comprovando que é possível nascer arte de uma prosaica viagem urbana

A proteção do Senhor

"A ninguém permitiu que os oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis, dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas." (Salmo 105, 14-15)

diante de mim

diante de mim um caminho que nunca trilhei diante de mim o desconhecido, e a consciência de que devo confiar sei que me aguardam lutas e embates sei que me aguardam alegrias e tristezas sei que me aguardam as experiências que aguardam todos os homens diante de mim as vivências dos anos vividos diante de mim a surpresa, o lance imprevisto, como diz o louvor mas não há outro caminho não há alternativa e isso para todos nós é seguir avante, esquecendo o passado é seguir em frente sem olhar para os lados é focar no objetivo e perseverar sem vacilo, sem titubeio diante de mim a esperança do porvir diante de mim a destra do meu Criador e o prêmio destinado aos que vencerem diante de mim um fio escarlate que me conduz e a promessa do meu galardão

a rotina e a poesia

eis à minha frente a rotina e a poesia quero fazer poesia, subindo ao alto, mas eis que a rotina me prende ao chão como cantar a beleza da beleza da vida se me angustio com as coisas concretas? o espírito clama e se alegra com o que é do alto mas o corpo chama a atenção para o sustento da carne e assim fico dividido vida cindida mente cindida e a cisão é tão forte que não consigo escrever a luta da carne contra o espírito é tão renhida que me torno ambíguo um sopro divino, porém, no meu ouvido, e consigo escrever mesmo sem ver beleza na escrita mas lá está ela cá ela está levando consigo a angústia do coração levando consigo a aflição da alma e me pondo em condições para o seguinte embate e novamente à minha frente a rotina e a poesia

O povo do Senhor

"Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia." (1 Pedro 2, 9 - 10).

Érico Veríssimo

Érico Veríssimo foi um importante escritor brasileiro nascido no Rio Grande do Sul. Ele nasceu em 1905, numa cidade chamada Cruz Alta, onde fez seus primeiros estudos e trabalhou no comércio. Em 1930 mudou-se para Porto Alegre e ingressou na editora Globo, como secretário da Revista do Globo, tornando-se mais tarde seu presidente. Estreiou na literatura em 1932, com a série de contos Fantoches. No ano seguinte publicou o romance Clarissa, com o qual conquistou popularidade nacional. Érico abordava temas urbanos e revelou influência de escritores como Aldous Huxley em livros como Música ao longe (1935) e Um lugar ao sol (1936). Fez sucesso em todo o país com Olhai os lírios do campo (1938), que teve tiragem recorde para a época: sessenta e dois mil exemplares. Entre 1941 e 1945 Érico deu aulas de literatura brasileira na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Desse período foi a publicação de Gato preto em campo de neve (1941) e A volta do gato preto (1945). Em 1954 Érico recebeu...

o que sou

eu sou a minha palavra sou a palavra na minha boca sou o fazer na minha mão sou o caminho no meu pé mas sobretudo sou a palavra que pronuncio sou o verbo na minha mente sou meu ponto e minha vírgula em um mundo de reticências sou a sílaba, a palavra, a oração sou feito de português e tenho nuances de outras línguas sou minha neurociência sou minha neurolinguagem neurolinguisticamente formado pela união de duas outras palavras: Maria e José sou a palavra escrita sou a palavra falada sou a palavra pensada mas não dita, não pronunciada ainda eu sou o texto que eu li sou o texto que escrevi eu sou este poema aqui você me encontra, caro leitor aqui você me estuda e me conhece eu sou a minha palavra

Castro Alves

Castro Alves foi um importante poeta brasileiro. Ele nasceu em 1847, em Muritiba-BA, e passou parte da infância no sertão baiano. Mudou-se para Salvador em 1852, e depois para Pernambuco. Em 1864 entrou na Faculdade de Direito de Recife, onde se destacou como orador e poeta. Escrevia sobre temas sociais, em especial sobre a abolição da escravatura. Escreveu uma única peça de teatro: Gonzaga ou a revolução de Minas, encenada em 1867, em Salvador. No mesmo ano se tranferiu para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde estreitou laços com importantes opositores do regime imperial, como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa. Castro Alves não chegou a concluir o curso de Direito. Numa viagem ao Rio de Janeiro travou amizade com José de Alencar e Machado de Assis. Em 1870 feriu o pé em um acidente de caça, e, doente, retornou à Bahia. Lá publicou Espumas flutuantes, único livro que viu publicado em vida. Outros livros, como A cachoeira de Paulo Afonso, Os escravos e Hinos do Equador, foram publicado...

Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos foi um importante poeta pré-mordenista brasileiro. Ele nasceu em 1884, no Engenho Pau d'Arco, na Paraíba. Aprendeu com o pai, advogado, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, e desde essa época já era considerado doentio e nervoso. Formou-se em Direito em 1906, casando-se logo em seguida. Não seguiu a carreira de advogado, mas dedicou-se ao ensino de português, primeiramente na Paraíba, e depois no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1910. Em 1912 publicou seu único livro, Eu, pelo qual Augusto foi considerado parnasiano por uns e simbolista por outros. O livro foi à princípio ignorado pela crítica e pelo público. Suas poesias tratam da degenerescência da carne e dos limites dos seres humanos. Mais tarde o livro foi reeditado por Órris Soares, amigo e biógrafo de Augusto dos Anjos. A partir de 1919 o poeta passou a ser um dos poetas mais lidos do Brasil. Sua poesia chama a atenção pelo vocabulário esdrúxulo, pela rigidez métrica, pela ca...

Gianfrancesco Guarniere

Gianfrancesco Guarniere foi um importante ator e dramaturgo brasileiro nascido na Itália. Ele nasceu em 1934, em Milão, filho de um casal de músicos, e veio para o Brasil com dois anos de idade. Começou seus estudos no Rio de Janeiro e em 1953 se transferiu para São Paulo. Em 1955 ajudou a fundar o Teatro Paulista do Estudante. Seu primeiro trabalho como ator foi na peça Está lá fora um inspetor, que lhe rendeu o prêmio Arlequim no Festival de Teatro Amador de São Paulo. Guarniere estreou como profissional atuando na peça Escola de maridos, no Teatro Arena. Aos vinte e um anos escreveu seu primeiro texto: Eles não usam black-tie, que foi encenado em 1958 e se tornou um clássico da dramaturgia brasileira. Em seguida realizou Gimba (1959), A semente (1961), e O filho do cão (1964). Criou, com Augusto Boal, Arena conta Zumbi (1964) e Arena conta Tiradentes (1966). Também escreveu Animália (1968) e Um grito parado no ar (1973), entre outras obras. Estreou na televisão em 1967, na TV Tupi. ...

a construção de uma poesia

a construção de uma poesia a construção de um texto a construção de uma prosa um texto que não seja nem prosa nem poesia uma poesia enviesada uma poesia bruta uma poesia não lapidada apenas um texto apenas um registro eu me revelo e me escondo no texto que eu construo uma prosa diferente uma prosa maneirista uma prosa-poema experimental um texto com arestas o verso livre, sem compromisso com a musicalidade apenas um obelisco uma torre construída com letras e espaços a formalidade de um blog o método de publicação a interrogação nos olhos do leitor a crítica na mente do leitor algo como: "forçando a barra pra escrever" e meio que é isso mesmo que eu saiba não é crime talvez ninguém leia esse texto mas ele estará lá, de prontidão, alerta e vigilante na construção de uma poesia

Casimiro de Abreu

Casimiro de Abreu foi um importante poeta brasileiro. Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1839. Era filho natural de um rico fazendeiro e comerciante português. Passou a infância numa fazenda, lá fazendo os estudos iniciais, que continuou em Nova Friburgo e concluiu no Rio de Janeiro, onde praticou a contragosto o comércio, por imposição do pai. Viajou para Portugal aos quatorze anos de idade, onde entrou a dedicar-se às letras, publicando páginas em prosa e um drama, entitulado Camões e o Jaú, representado quando o poeta contava dezessete anos de idade. Casimiro retornou ao Rio de Janeiro, onde reiniciou o curso comercial, mas dedicou-se por amor à uma intensa atividade literária. Em 1859 publicou As primaveras, livro de reconhecida importância para nossa literatura. Casimiro foi atacado pela tuberculose, embarcou novamente para Nova Friburgo e morreu em 1860, numa fazenda na Barra de São João, antes de completar vinte e dois anos de idade. Distinguem-se seus versos pela meiguice e pela ...

Pré-tribulação

"E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Aprendei, pois, esta parábola da figueira: quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar." (Mateus 24, 31 - 35).

Gonçalves Dias

Antônio Gonçalves Dias foi o primeiro grande poeta brasileiro. Ele nasceu em 1823, em Caxias-MA,  filho de pai português e mãe mestiça. Seu pai o iniciou no comércio e estava providenciando seus estudos na Europa quando faleceu. A madastra de Gonçalves Dias o enviou para Coimbra, de onde mandaria mais tarde que retornasse, devido à dificuldades financeiras, na época da Balaiada. Quando voltava para o Brasil, no Ville de Boulogne, a embarcação naufragou, morrendo nosso poeta em 1864. Ainda em Portugal, contudo, Gonçalves Dias, aos vinte e três anos de idade, publicou seus Primeiros cantos, obra elogiada por Alexandre Herculano. Ele não foi apenas poeta: foi prosador, teatrólogo, e esboçou estudos históricos, etnográficos e linguísticos. Ele também trabalhou como professor no colégio Pedro II. Hoje Gonçalves Dias é reputado como o mais importante poeta do romantismo. Ele foi o criador do indianismo e é um dos patronos da Academia Brasileira de Letras. Outras obras suas: Segundos cant...

Gonçalves de Magalhães

Domingos José Gonçalves de Magalhães, Visconde de Araguaia, foi um importante poeta brasileiro do século XIX. Ele é apontado como precursor do romantismo aqui no Brasil. Ele nasceu em 1811, no Rio de Janeiro, diplomou-se médico aos vinte e um anos de idade e foi professor de filosofia no colégio Pedro II. Foi eleito deputado e ingressou na diplomacia. Desenvolveu intensa atividade literária, não só no Rio de Janeiro como também em Paris, onde fundou, em 1836, a revista Niterói. No mesmo ano ele publicou, também na capital francesa, a coletânea de versos Suspiros poéticos e saudades, considerada obra precursora do romantismo em nosso meio. Magalhães, vinte anos depois, se voltaria para o classicismo, publicando o longo poema épico A confederação dos tamoios. Ele foi reputado a grande figura literária do seu tempo, sendo-lhe hoje reconhecida importância mais histórica do que literária. Ele é um dos patronos da Academia Brasileira de Letras. Outras obras suas são: Antônio José (tragédia d...

as marcas da vida

as marcas da vida os sinais do que passou a lembrança das coisas fatos do passado ainda vivos na memória marcas e cicatrizes marcos e vivências os símbolos que nos falam no passado escrito na pele do corpo corpo que veio do barro corpo que voltará ao barro e as marcas, os sinais? para onde vão? marcas dolorosas perdidas no esquecimento novo céu e nova terra os símbolos da salvação marcas indeléveis marcas substanciais o tempo cronológico sendo substituído pelo tempo eternal enquanto o passado é substituído pelo futuro no momento do agora e as marcas são a própria vida semiótica da vivência as marcas da vida conduzindo-nos à eternidade do tempo

Augusto Boal

Augusto Boal foi um importante dramaturgo e diretor teatral brasileiro. Ele nasceu em 1931, no Rio de Janeiro, e em 1950 ingressou na Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, onde se formou em Dramaturgia e Engenharia Química. Retornou ao Brasil em 1956, e se fixou em São Paulo. Iniciou a carreira de diretor no Teatro de Arena com as peças Ratos e homens (1956) Eles não usam black-tie (1958), Arena conta Zumbi (1965) e Arena conta Tiradentes (1967). Também atuou na produção do musical Opinião (1964), no Rio de Janeiro. Sua teoria do Teatro do Oprimido, que ganha muitos adeptos, propõe permitir que o povo use o teatro em proveito próprio e resgate a arte que existe em cada cidadão. Durante o regime militar Boal morou na Argentina e em Portugal. Sua técnica teatral é estudada e utilizada em mais de cinquenta países. Voltou ao Brasil em 1986 e produziu os espetáculos O corsário do rei (1985) e Fedra (1986), entre outros. Foi eleito vereador no Rio de Janeiro em 1993 e ficou no cargo ...

Os nossos dias

"Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz. E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas. E, então, verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os seus anjos e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu." (Marcos 13, 24 - 27).

Antunes Filho

Antunes Filho foi um importante dramaturgo, diretor de teatro e cineasta paulista. Ele nasceu em 1929, e iniciou a carreira no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). A partir de 1950 realizou os primeiros teleteatros da América do Sul para as TVs Tupi e Cultura, atividade que manteve até 1960. Em 1954 dirigiu a peça Week-end no TBC, e, no ano seguinte realizou O diário de Anne Frank em seu Pequeno Teatro de Comédia. Fundou em 1965 o Teatro de Esquina, no qual dirigiu A megera domada. Em 1970 Antunes Filho produziu o filme Compasso de espera, que recebeu os prêmios da Associação Paulista dos Críticos de Arte e Governador do estado de São Paulo na categoria melhor argumento, e o Air France de Cinema na categoria melhor direção. Em 1978 montou a peça Macunaíma e criou o Centro de Pesquisa Teatral, responsável pelos grupos Pau-Brasil e Macunaíma, no qual deu aula de formação de atores. Em 1998 encenou Prêt-a-Porter, peça escrita, dirigida e interpretada pelos próprios atores que a conceberam....

O amor de Deus

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna!" (João 3, 16).

Oduvaldo Vianna Filho

Oduvaldo Vianna Filho foi um importante dramaturgo brasileiro. Ele nasceu em 1936, no Rio de Janeiro, filho do também dramaturgo e cineasta Oduvaldo Vianna. Oduvaldo Vianna Filho mudou-se para São Paulo, a fim de estudar arquitetura, na década de 1950, mas abandonou a faculdade para se dedicar ao teatro. Em 1956 organizou um curso de teatro em parceria com Gianfrancesco Guarniere. No ano seguinte realizou um Seminário de Dramaturgia junto com Augusto Boal, e escreveu sua primeira peça, Chapetuba F. C. Participou da criação do Teatro de Arena, em São Paulo, e do Teatro do Grupo Opinião, no Rio de Janeiro. Vianinha, como era chamado, voltou em 1960 para o Rio de Janeiro, e escreveu Quatro quadras de terra (1963) e Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come (1966), esta última em parceria com Ferreira Gullar, considerada a melhor peça do ano e ganhadora do prêmio Molière. Outras peças de Vianinha são Longa noite de cristal (1969) e Corpo a corpo (1971). São peças de conteúdo político, ...

um tempo especial

é tempo de poesia é tempo de escrever escrever poesia escrever prosa porque é um tempo poético porque é um tempo profético tempo de raros dias tempo de definição tempo do tempo tempo metafísico tempo metafórico instantes do bem instantes do mal e eis a peleja do tempo de hoje horas aceleradas minutos incertos segundos de improviso um tempo especial para um povo especial no calendário da profecia o fechamento, extraordinário, de uma dispensação mister estar atento atento, de prontidão de acordo com o tempo kairós desperta, amigo o sono já se foi e é necessário estar desperto

Conselhos diversos

"Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda aparência do mal." (1 Ts 5, 16 - 22)

Antônio Cândido

Antônio Cândido de Melo e Souza foi um importante sociólogo e crítico literário brasileiro. Ele nasceu em 1918, no Rio de Janeiro, mas viveu a infância em Minas Gerais, terra da sua família. Em 1937 iniciou os estudos de Direito e Ciências Sociais na Universidade de São Paulo mas concluiu apenas o segundo. Tornou-se livre-docente de literatura brasileira em 1945 e doutor em ciências em 1954. Em 1974 o professor Cândido passou a professor titular de teoria literária e literatura comparada da USP, cargo em que se aposentou em 1978. De 1964 a 1966 foi professor associado da Universidade de Paris, e em 1968 era professor visitante da Universidade de Yale (Estados Unidos). Entre 1956 e 1960 escreveu no Suplemento Literário do jornal O Estado de São Paulo. De suas obras de crítica literária a mais importante é Formação da literatura brasileira (momentos decisivos), de 1959. Em 1964 o professor Cândido publicou Os parceiros do rio Bonito, importante estudo sociólogo sobre o caipira paulista e...

hoje é dia de poesia

hoje é dia de poesia hoje é dia de prosa poética por isso eu escrevo não escrevo para lucrar escrevo pra escrever escrevo para viver escrevo pra me comunicar e como hoje é dia de poesia eu escrevo a poesia de hoje eu leio leio leio a leitura transborda em forma de escrita quem gosta de ler gosta de escrever por isso eu escrevo escrevo porque a escrita faz parte da minha vida durante anos escrevi e não publiquei mas agora vez por outra eu publico não publico pra vender publico pra me expressar publico pra participar publico pra publicar e como hoje é dia de prosa eu proseio proseio na estrutura da poesia proseio no ritmo da poesia e a prosa fica assim, poética e a poesia fica assim, prosaica e como hoje é dia de poesia eu publico este poema, esta canção em forma de prosa

O princípio da dores

"E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores." (Mateus 24, 6 - 8).

Amadeu Amaral

Amadeu Ataliba Arruda Amaral Leite Penteado foi foi um importante linguista brasileiro. Ele também foi poeta, jornalista e ensaísta. Ele nasceu em 1875, em Capivari-SP. Ele escreveu um texto fundamental para os estudos folclóricos brasileiro: O dialeto caipira (1920), em que ele registra a maneira de falar do caboclo paulista da área do vale do rio Paraíba, analisando suas formas e esmiuçando-lhe sistematicamente o vocabulário. A obra poética de Amadeu Amaral pertence à fase do pré-mordenismo e inclui Urzes (1899), Névoa (1910), Espumas (1917) e Lâmpada antiga (1924), títulos que integram o volume Poesias, publicado postumamente, em 1931. Amadeu Amaral foi o primeiro autor brasileiro a estudar cientificamente o linguajar regional. Ele também publicou dois livros de ensaios: Letras floridas (1920) e O elogio da mediocridade (1924). Ele foi membro da Academia Brasileira de Letras e faleceu em 1929, em São Paulo. Foram editados também postumamente Memorial de um passageiro de bonde (1938)...

o registro de hoje

a escrita de hoje o registro de hoje a anotação de hoje a poesia de hoje se preferir, a prosa de hoje minha vida no papel escrita autobiográfica o que não quero revelar escrevo em metáfora escrevendo no blog escrevendo no caderno escrevendo no diário os diários, os originais o desenho, a pintura o meu falar minha voz parada no ar linguagem escrita linguagem falada o desenho em forma de escrita a geometria em forma de escrita a caixa da letra o quadrilátero do tipo a escrita de hoje a luta de hoje a peleja de hoje a busca de hoje a vitória de hoje o registro de hoje

Manuel Said Ali

Manuel Said Ali foi um importante linguísta brasileiro. Ele nasceu em Petrópolis-RJ, em 1861. Iniciou estudos de Medicina, mas dedicou-se posteriormente à pesquisa linguística. Tornou-se professor de alemão na Escola Militar (1890) e também no colégio Pedro II. Introduziu no Brasil o método direto do ensino de línguas e colaborou com Capistrano de Abreu em diversos trabalhos, entre os quais um estudo sobre a língua dos índios caxinauás. Além de poliglota, Said Ali era botânico, zoólogo e geógrafo. Deve-se a ele a divisão climatológica do Brasil. Em 1905 ele publicou um Compêndio de geografia elementar e um Vocabulário ortográfico. Publicou ainda Dificuldades da língua portuguesa (1908), Lexiologia do português histórico (1921), Formação de palavras e sintaxe do português histórico (1923) e Gramática secundária da língua portuguesa (1927). Além de traduzir vários livros, Said Ali organizou edições das obras de Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e Castro Alves. Uma série de estudos seus, ...

João Ribeiro

João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes foi um importante polígrafo e professor brasileiro. Escreveu poesias, crônicas, crítica literária, história e estudos de filologia. Ele nasceu em 1860, em Laranjeiras-SE e fez seus estudos básicos em sua terra natal. Cursou o primeiro ano de Medicina na Bahia, mas abandonou o curso. Seguiu para o Rio de Janeiro, onde se dedicou ao magistério e ao jornalismo. Viajou pela Europa, escreveu livros e se tornou membro da Academia Brasileira de Letras. Escreveu História do Brasil (1900), dando ênfase à contribuição do negro e do Índio na formação brasileira. Como filólogo publicou Gramática portuguesa (1886), Dicionário gramatical (1889), Estudos filológicos (1902), A língua nacional (1921), entre outros. Ele estudou as diferenças entre o português falado em Portugal e o português falado no Brasil. Ribeiro publicou autores portugueses e brasileiros, fez crítica literária em moldes humanísticos e liberais e traduziu livros, como Cuore, de Edmondo de Am...

minha caminhada

faz anos que iniciei essa caminhada e me alegro por ainda permanecer nela anos passaram companheiros ficaram pra trás outros permanecem comigo caminhada difícil mas que vale a pena caminhar aliás, para quem iríamos nós? iniciei a caminhada ainda jovem e eis que vou envelhecendo eu louvo a Deus pelas libertações louvo a Deus pelos irmãos pelas experiências como o Senhor mesmo me disse comecei a caminhada sem saber se iria chegar ao destino e eis que o Senhor diz pra eu continuar vou chegar no destino sei para onde vou sei de onde venho e eis que um punhado vai chegar na linha de chegada sou um peregrino meu descanso não está nesse mundo o Senhor virá ao nosso encontro nós vamos ao encontro do Senhor a caminhada é para frente para o alto esquecendo o passado sem se desviar nem pra direita nem pra esquerda vem caminhar conosco o tempo ainda é propício e sigamos caminhando em direção à eternidade

Antenor Nascentes

Antenor Nascentes foi um importante filólogo, linguista e lexicógrafo brasileiro. Ele nasceu em 1886, no Rio de Janeiro. Estudou no colégio Pedro II e bacharelou-se pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Jovem ainda conquistou, por concurso, a cátedra de espanhol do Pedro II. Transferiu-se depois para a cátedra de português, matéria que lecionou também na Faculdade de Filosofia do estado da Guanabara. Nascentes escreveu, entre outros livros, Método prático de análise lógica (1920), Gramática da língua espanhola (1920), Método prático de análise gramatical (1921) e Noções de estilística e literatura (1929). Admirador dos clássicos gregos e latinos, o professor Nascentes também traduziu, entre outras obras, o Fausto, de Goethe, e a obra teatral de Beaumarchais. Preocupado com a preservação de textos literários, editou a obra completa de Luís de Camões, Manuel Botelho de Oliveira e Laurindo Rebêlo. Produziu ainda várias obras ligadas ao ensino superior de ...