O meu coração palpita, dentro do meu peito. O meu coração chora, por aquilo que poderia ter sido e não foi. O meu coração é consolado pelo Espírito Santo, que renova em mim tantas promessas feitas ao longo da caminhada. O meu coração, e não o cérebro, é onde se reunem meus sentimentos e emoções, e o meu coração, físico, reage a acontecimentos sociais, familiares, espirituais. O meu coração é coração de poeta, que vive o sol, e não o dia, que vive a lua, e não a noite, como cantava meu conterrâneo Belchior. O meu coração pensa: e se em vez do quartel eu tivesse escolhido Letras? E se eu tivesse continuado nas Casas de Cultura? Então meu cérebro fala: Não pense assim, Dário. Olhe para hoje, olhe para o alto. Mas o meu coração treme, no meu peito, e eu penso: Será que vou morrer? E tenho medo, apesar de tantas promessas do Senhor. Não quero deixar tristeza no mundo. Quero partir na ordem natural das coisas. O que me espera, no futuro? Será que vou me casar novamente? Será que serei pai, a...